segunda-feira, novembro 23, 2009

O que era, um dia será?

Um dia de sol brilhante e quente um dia já foi sinal de dia bom.
Um dia de sol véspera de verão era sempre sinal de liberdade de corpo e alma.
Quando os dias tornaram-se noites?
Quando o sol perdeu seu brilho?
Quando nem a lua cheia trouxe encanto?
Quando os sonhos enraram no baú?
Será que no ajuntamento dos cacos de cada queda foram sempre ficando espaços vazios e hoje eles são tudo?


Sempre tive medo de fechar os olhos e não saber mais abri-los.
Sempre tive medo de não falar e depois nunca mais saber o que dizer.
Sempre tive medo de parar e nunca mais poder seguir.
Meus olhos temem não se manter abertos.
Minha voz já não sabe muito o que dizer.
Meus passos trôpegos erram a direção e não chegam a lugar nenhum.
Sempre tive medo de não mais amar e o amor que em mim dava sentido a vida já não ama, já não espera, já não sabe.
Filhos, trabalho, amigos, dinheiro, tudo é nada se nos perdemos em nós.

O que dizem sobre o mundo não parar enquanto você junta os cacos, enquanto você não estiver pronta para seguir é verdade.
Nada nem ninguém te impede de ficar onde está.
Nada nem ninguém te impede de não querer seguir.
Todos estão indo?
Alguém vai ficar?
As dores são iguais?
E as curas?
A tristeza é uma loucura?
Ou é a loucura uma grande alegria?
Não sou louca.
Não sou triste.
Não sou alegre.
O que então sou eu? Um grande engano?

Queridos amigos, ainda estou com dificuldades para visitá-los, mas acredito que mesmo sem o computar chefe, conseguirei fazer isso ao longo da semana. Grande abraço, saudades. Que seja de paz e bem nosso próximos dias.

quinta-feira, novembro 12, 2009

Ausência forçada

SONHOS PERDIDOS E ESQUECIDOS

Os dias de sol brilhantes não trouxeram brilho à alma.
É o sol que não encanta mais ou seu coração que perdeu o poder de admiração?
A grande chuva não lavou suas dores e o apagão mostrou a escuridão de seu ser.
Ela se perdeu, ela está perdida e nem sabe onde e como se encontrar.
Não se sabe nem se encontrar-se é possível ou é a solução
já que viver virou instinto, deixou de ser vontade.
Ela não é veneno para si mas não é também o que salva.
Ela se esqueceu de como é ou não se lembra mais como é sorrir um sorriso bobo,
verte apenas lágrimas doloridas, lágrimas de perdas e danos.
Perdeu a si, perdeu o que não tinha, perdeu o que queria e hoje o que tem não lhe pertence e ela já não sabe como ter.
Virar a esquina ou dar de cara no muro é o mesmo lado de uma moeda sem valor e não seguir, ficar onde está, correr sem parar, nada parece ajudá-la a chegar.


Amigos, as visitas talvez não sejam possíveis pois meu computador entrou em pane e provavelmente eu demore para ressussitá-lo mas sendo possível farei com prazer pois lê-los é confortante.
Grande abraço e um cheio de vida final de semana.