Bom dia queridos amigos.
Nova semana, o sol está descansando mas a chuva não tem trabalhado muito e isso é bom porque estamos aliviados do calor intenso mas não sofremos os transtornos de uma chuva constante. Mas é verão e eu sinto falta da luz e do calor que dão energia diferente aos que andam vagando perdidos em sentimentos, pensamentos, sonhos e vontades.
O texto abaixo alguns já receberam por e-mail, mas como eu o reli recentemente, resolvi postá-lo.
Grande beijo para todos que estes dias pré-carnavelescos sejam produtivos, divertidos e abençoados.
Melindre ou Agressividade?
Melindre tem várias definições. Pode ser definido como amabilidade, delicadeza no trato, recato, pudor.
No entanto, é quase certo que ao ser utilizado pelas pessoas, o conceito que expressa é de facilidade de se magoar, de se ofender, suscetibilidade.
Nesse sentido, tem sido comum a sua invocação, nas relações humanas. As menores atitudes de um funcionário, de um amigo recebem a adjetivação imediata.
Por isso, amizades se diluem, desentendimentos acontecem, duplicando mágoas de um e de outro lado.
Nas várias facetas do trabalho voluntário, melindre tem sido utilizado para justificar defecções, traições, desajustes e quebra moral de contratos de voluntariado.
Que ele existe, é verdade. Mas que as pessoas se dão, por vezes, um valor maior do que verdadeiramente possuem e aguardam tratamento especial, também é verdade.
No entanto, um outro lado da questão se apresenta e tem sido esquecido, quase sempre.
Se melindre é a manifestação do orgulho ferido, não menos verdade que medra, entre as criaturas, muita falta de tato, delicadeza e gentileza.
Em nome de uma falsa caridade, de expressar a verdade, amigos e companheiros de trabalho se permitem lançar ao rosto do outro tudo que pensam.
E não medem palavras nas suas expressões. É como se tomassem de pedras e as jogassem, sem piedade.
E o que esperam é que o outro aceite tudo. Quando o agredido se insurge, quando toma uma atitude, quando fala de respeito, é tomado como aquele que se melindra.
Contudo, em nenhum momento o agressor, aquele que foi indelicado e feroz, se desculpa. Não, ele está certo. O outro é que é portador de muito orgulho.
Nesse diapasão, vidas honradas de trabalho têm sido literalmente jogadas no lixo. Servidores de anos têm tido seus esforços depreciados, como se fossem coisa alguma.
E o que critica maldosamente, o que aponta os erros mínimos é o herói, a pessoa correta.
Refaçamos os passos enquanto é tempo. Antes de destruirmos valores afetivos preciosos. Antes de atacarmos instituições centenárias com folha irrepreensível de dedicação e serviço à comunidade.
Examinemos quantas vezes a culpa nos compete. Quantas vezes teremos sido nós os provocadores do afastamento de pessoas de nosso convívio.
Ou da instituição a que prestamos serviço. Da nossa família, da nossa esfera de amizades.
Recordamos que, certa vez, em reunião de trabalho, um voluntário interrompeu de forma agressiva a fala do coordenador.
Reclamou e reclamou, ferindo e humilhando-o frente aos demais.
O ferido se calou, dolorido. Depois de alguns dias, procurou o agressor em particular. A sós com ele, expressou a sua mágoa, com o sincero objetivo de modificar a emoção ferida e apaziguar seu mundo íntimo.
O interlocutor, em vez de reconhecer a indelicadeza, reverteu a situação e deu o diagnóstico impiedoso: não houvera agressão de sua parte. O outro é que se melindrara.
Pensemos nisso. Será que a constatação quase diária de melindre nos outros não se tornou uma válvula de escape para nós?
Uma desculpa para a nossa rispidez cotidiana, o nosso relaxamento no trato com o semelhante
Quem se melindra, deve trabalhar para se tornar menos suscetível.Mas quem provoca o melindre não pode se esquecer da lei de caridade, da afabilidade e da doçura preconizados por Jesus: Bem-aventurados os mansos e pacíficos.
12 comentários:
Bem-aventurados os que aos outros respeitam.
Pois é Vanninha, também sinto falta do sol quente, verão é verão e Rio de Janeiro não combina com céu cinza e chuva fina...
dias lindos querida
beijos
Bom dia! tema bom desse texto. Penso mto sobre isso! e confesso que não é fácil, vários momentos, dizer quem está com a razão..
Gostei mto disso: "Mas que as pessoas se dão, por vezes, um valor maior do que verdadeiramente possuem e aguardam tratamento especial, também é verdade." Um pouquim de humildade não faz mal à ninguém!
ótima semana pro c
Fran
Olá...
Gosto deste tempo assim.
O texto é muito interessante.
bjs
beto.
Vanna, o texto realmente retrata o que tem acontecido em muitas relações. E ainda tem aqueles casos que quando o que se "melindra", responde , ainda é taxada de agressivo. E o "agressor", diz que estava só brincando, o outro é que não entendeu, ou não tem senso de humor.
Um ótimo texto para refletirmos.
beijos
O fim foi agitado mas muito gostoso .
espero ficar livre das dores mesmo !
Bjs .
Calor não me agrada , adoro esse tempinho assim .
Que dia será o encontro?!
E o carnaval vai viajar?
Beijokasss
Olá minha amiga. Que verão é esse??? Imagina um turista que vem se deliciar com as praias no verão carioca?
Quanto ao melindre, fico com o poeta das ruas do Rio. Gentileza gera gentileza.
Mil beijos e um ótimo dia.
Esse texto é muito bom! Acho q todos nós estamos passando por isso. São as transferências de erros e culpas. É sempre bom ler o seu blog. Grande Bjo!
Na sua visita no meu cantinho você me perguntou se o ator que faz o novo 007, seria o que morreu semana passada, nao é nao querida, o que morreu era bem mais jovem.
Muito obrigada pela visita.
Eu também tenho sentido falta da luz dos sol por aqui...mas o que fazer, né?!
Vanna,
sim, "bem-aventurados mansos e os pacíficos", mas, de vez em quando precisamos "expulsar os vendilhões do Templo"!
Há mais de quinze anos que não perco a calma.
A agressão moral tem que ser efetuada E recebida.
Se não a recebo, nem a concebo como tal, ela perde a eficiência.
Isso me é claríssimo.
Abraços, flores, estrelas..
Ótimos dias de carnaval Vanninha, alegres e em paz sejam todos eles.
meu carinho procê, beijos
Parece que nosso encontro finalmente vai sair !!!
Bjs , Bel .
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