Textos que homenageiam.

A menina mulher velha.
Ela nasceu linda, alegre e viva. Parecia que viveria linda e alegre sempre. Mas o tempo foi passando e somente o que era lindo permanecia. Sua alegria ia aos poucos e sua vivacidade de menina só vivia na vida que lhe era emprestada pela desenvoltura, pelo despreendimento, pelo prazer desmedido de viver mesmo sendo a vida dura por demais.
Ela não sabia se mostrar inteira mas era vista por todos os ângulos por esta vida que lhe emprestava brilho e sonho diferente. Pena que essa vida não sabia lhe tirar o medo de ser diferente, de fazer diferente, de querer diferente.
O tempo foi passando e a menina foi indo embora aos poucos e a mulher velha quase morou inteira em sua alma e somente em alguns momentos de lucidez de alma viu-se com vontade de pensar, fazer e ser diferente. Durou pouco pois sua alma amarga não quis o sorriso do dia, a gargalhada da noite, o prazer e o sexo dos dias de graça rodeados de vida, de vidas diversas, de diversas vidas, amarguradas, cansadas, iludidas, perdidas, sofridas, mas cheias de verdades e vontades de a cada dia crescer para o bem, viver para o bem, e saber que viver para o bem dos outros seja o bem melhor que se faz a si.

Grande beijo, e que tenhamos lindos dias em cada amanhacer.