domingo, março 22, 2009

Reconhecer o próprio "erro", primeiro passo

Li esta carta e vi que é verdade que quando entendemos que o inferno não é apenas o outro, viver juntos deixa de ser um problema.

Oi!

Acabei de voltar do psiquiatra.

Enquanto aguardava o meu horário, peguei uma revista para ler. Era a revista Época deste mês. A manchete era: “Por que as pessoas mentem?”. Assunto mais interessante para mim, naquele momento, não havia! Eu, ali, cheia de mágoas, de lágrimas, de dúvidas, de decepções e, o pior (ou melhor), com aquela mesma pergunta martelando na minha cabeça!

A reportagem cita vários episódios de mentiras por diferentes motivos, mas nenhum deles falava de amor. “Mentir por (pro) amor? Não dá para aceitar”, pensei eu.

Tive que interromper a leitura porque estava na hora da consulta. Aproveitei o gancho e começamos o papo, ou melhor, a sessão psiquiátrica. É incrível como o médico, cada um na sua especialidade, tem o poder de curar ou de mostrar onde ele, o paciente, está negligenciando. É o tal “esporro de médico”.

Pois é, hoje usei o consultório psiquiátrico para falar de você. Antes, só usava a terapia. E, falando em você, pela primeira vez, pude realmente enxergar-me. Acho que Deus usa os médicos para falar por Ele e para expressar o seu poder de cura. É claro que não me curei nessa consulta, mas tenho a certeza de que caminho para ela.

Depois de contar os últimos episódios, ela me fez várias perguntas, que respondi prontamente:

- Você o ama?

- Muito.

- Você acredita no amor dele?

- Lógico.

Você confia nele?

- Sim, porém..

Não consegui continuar.

Desandei a falar que estava inconformada com a sua resistência em me contar detalhes (você sabe sobre o quê), de não me relatar datas, vezes, listas de MSN, bloqueio de contatos, blá-blá, blá-blá...

Ela me perguntou: “Será que você não está tentando mudá-lo?" Caramba! Já ouvi isso tantas vezes! Será?

Minha mãe vive falando: “Filha, ninguém muda ninguém.”

Minha amiga irmãzona, me perguntou ontem: Você, com esse seu tratamento, quer se mudar ou mudá-lo?”

Ao chegar em casa, me deparei com a mesma revista que havia lido no consultório. Reli a reportagem. Dessa vez, com outros olhos. Prestei mais atenção não aos mentirosos, mas ao que os especialistas e filósofos dizem a respeito da mentira.

“A mentira é muita vez tão involuntária como a transpiração.” (Bentinho, de Dom Casmurro)

“ Machado de Assis retrata uma verdade: mentimos o tempo todo. Até sem perceber. Mentimos sobre nossa altura, nosso peso, nossa idade. Mentimos para nós mesmos, para suportar um recalque. Mentimos para nossos pais, para tranquilizá-los; e para nossos filhos, para que não sofram. Mentimos para os amigos, para não lhes ferir a autoestima, e para o chefe, para justificar o atraso. Mentimos para o guarda, para não tomar uma multa, e para o Fisco, para pagar menos impostos. Atletas mentem para competir drogados, investigadores mentem para apanhar criminosos, políticos mentem... por vários motivos. Há mentiras inofensivas; outras mudam a vida das pessoas e até provocam guerras.”

"Até que enfim alguém falou o que eu queria ouvir!”, pensei eu (eu, sempre achando que as pessoas vão dizer exatamente o quero ouvir!).

A mentira mudou a minha vida e deflagrou uma guerra entre nós e comigo mesma. "Será mesmo,me perguntei, que a culpa é da mentira?"

Não, não. Não vou acusá-lo dessa vez. O objetivo deste email é outro: desculpar-me com você. Como, após ler “A mentira acompanha a evolução do homem”, frase de um filósofo americano, poderia eu ainda querer acusá-lo de ser um mentiroso? Ele continua: “Sem essa estratégia, as relações em sociedade seriam um desastre.”

A reportagem ainda diz “que as pessoas mentem com facilidade quando o objetivo é criar uma imagem positiva de si”. Esse é o seu caso, não é mesmo? Não fique zangado, não quero ofendê-lo com isso. Estou tentando encontrar a cura para a doença que eu mesma intitulei “a doença da verdade”. É doentio achar que as pessoas não podem mentir para mim porque sou boa, e honesta, e generosa, e porque não minto (Será? Impossível, continuo a me perguntar!)

Li que “a evolução também pode explicar por que o homem continua mentindo para se defender”. Pronto, fechei questão: exigi demais de você. Devo-lhe pedidos de perdão. Aceite-os, são sinceros.

Para finalizar a leitura: “O mentiroso é a própria base da sociedade civilizada” (Oscar Wilde). Depois dessa, só me resta pedir perdão a Deus pela minha intransigência, pelo meu desrespeito ao meu amor, pela invasão da privacidade, por não ter sabido aceitar suas imperfeições, suas mentiras.

Grande mulher, a Hillary Clinton, que soube perdoar a seu marido e ainda continuou casada. Certamente, ela tinha seus interesses. E não é feio ter interesses. É perder para ganhar. Eu, ao contrário, não fui sábia o suficiente.

Bom, não quero que meu email soe como um pedido de casamento, nem quero, com isso, dizer que, de uma hora para outra, você tornou-se meu santo predileto. Quero apenas e sinceramente demonstrar aqui todo o meu arrependimento (não pelos socos, pois você bem que mereceu) pelo mal que causei ao nosso amor. Você não acredita em culpas, mas eu sim. Coloco na minha conta parte dela.

“Todo homem é culpado pelo bem que não fez.” (Voltaire)

Hoje, só hoje, percebi que não foi a mentira a causadora dos nossos problemas. Na verdade, o tempo todo usei-a como desculpa para o meu sofrimento. Ela foi o meu escudo.

Você falou grosso com meu filho: Como posso suportar isso, se você me traiu?

Você gritou comigo: Não posso aceitar suas desculpas, você é um mentiroso!

Você trata teu filho como um coitadinho: Ah, não! Além de ter que engolir mentiras, ainda tenho que aguentar calada uma postura dessa com um rapaz de quase 13 anos?!

Você mente para mim e ainda acha que tem o direito de me ignorar?

Vou pegar meus filhos, minhas coisas e vou me embora!

Agora, é dar tempo ao tempo, é cuidar da ferida, é fazer todo o bem para os que estimamos e, no mínimo, não desejar o mal àqueles que nos feriram.

Que este tenha sido o começo de uma vida a dois mais serena e feliz. Pois acredito que ter sempre razão não nos faz mais felizes.
Grande abraço e que tenhamos todos uma semana de (re)conhecimento de nós mesmos.

quinta-feira, março 19, 2009

Saudade dor que dói.



Sua irmã, minha tia criança que também quis ir mais cedo para o céu.





Ela, meu pai e minhas filhas antes da dor.



Sua irmã, minha tia criança que também quis ir mais cedo para o céu.


Mãe
Te vi me olhando sem me ver.
Te vi sofrendo sem chorar.
Te ouvi pedir socorro.
Fiz a ti o que era preciso fazer,
sem saber o que você queria que fosse feito.
O que você sentia?
O que você pensava?
Sei que em seu mundo vazio
você queria voltar de onde veio
e eu acreditava que voltaria
em algum momento, que logo estaria
pronta.
Mas você desistiu.
Temo que meu egoísmo, minha impaciência,
minha intolerância tenha te feito desejar
aliviar meu "sofrimento" e assim pediu
ao Pai que antecipasse sua hora.
Seja o que for, só desejo que esteja bem e
que me perdoe.
Fica com Deus e em paz.
Vanna - 09/02/09


Uma tristeza
Hoje te vi num sonho.
E nem assim te fiz sorrir.
Te vi do mesmo jeito,
olhar perdido,
alma doída,
vontade esquecida.
Desejo meu Deus
que meu sonho nunca
seja realidade,
pois no paraíso
das almas
é preciso paz.
Vanna 19/03/09

Partistes sem consciencia
mas eu me refiz...verdade!
Pois troquei a tua ausência
pela presença...em saudade.
Maria Rosa

Queridos amigos, não pensei que fosse tão difícil. Hoje entendo de verdade o que dizem que nos esquecemos o que era ruim nas relações quando não temos mais tempo para melhorá-las. Não que eu não tivesse feito muito por ela antes de toda dor, mas só hoje abandonei de vez as mágoas.
Como já disse antes, confio no tempo curador de todas as dores e esta passará e ficará mesmo só a saudade.
Que nosso fim de semana seja de paz e alegrias.
Beijos a todos.

domingo, março 15, 2009

Viver é aprender sempre.

Recebi este texto por e-mail e sei que as pessoas que mais deveriam ler talvez não terão acesso a ele, mas compartilhar com vocês me dá a esperança de que alguém possa levá-lo a quem precisa.
Grande abraço e que tenhamos uma semana abençoada e cheia de momentos de evolução.


Verdade libertadora

No dia 5 de fevereiro de 2004, vinte catadores de conchas chineses não voltaram para celebrar a festa do último dia do Ano Novo Chinês.
Eles jamais voltaram para suas famílias e seus amigos, para a sua terra natal.
Morreram no mar frio de um país estranho.
Eles ligaram para suas famílias, quando as ondas geladas lhes chegaram ao peito, disseram que iam morrer. Mas não discaram o número que lhes permitiria serem socorridos.
Eles desconheciam que existia.
Para fazer um trabalho muito perigoso, ganhavam muito pouco de seus patrões, que
lucravam bastante.
Perto do lugar onde morreram, havia placas de advertência sobre areia movediça e marés perigosas. Mas eles não as puderam ler. Não falavam, nem liam inglês.
Eram imigrantes chineses ilegais na Inglaterra, mas tinham necessidades humanas básicas e deviam ter direitos humanos básicos para os proteger.
Por que não tinham? Foram atraídos para o alto-mar por sonhos de ouro e pela ignorância.
Vinham de um país que não tinha um sistema legal independente antes de 1992. Nem um sistema de previdência social.
Sua terra está melhorando e se desenvolvendo, mas para aqueles vinte catadores de conchas é tarde demais.
Há mais de vinte séculos, um Sábio andou pela Terra e asseverou: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.
Sem adentrarmos os painéis filosóficos para decifrarmos o que é a verdade, podemos traduzir, para a realidade do agora, que o que o Grande Mestre estava ensinando é a necessidade do conhecimento.
Em Sua sabedoria ímpar, referia-Se Jesus ao conhecimento geral, não somente às questões espirituais.
Conhecendo, o homem debela enfermidades, aperfeiçoa tecnologia, não se permite ser presa dos maus.
Os dominadores, através dos séculos, têm buscado manter o povo na ignorância, pois mais fácil de ser manipulado.
Durante séculos, aprender a ler foi exclusividade dos homens ricos e poderosos.
Mesmo em questão religiosa, séculos se escoaram em que os livros bíblicos eram privilégio dos que viviam nos conventos e seminários.
Foi necessário que um grande missionário viesse à Terra e desse sua contribuição para a tecnologia da impressão e da tipografia, para mudar esse quadro.
Nascido na Mogúncia, no século XIV, Gutenberg inventou os tipos móveis de metal, melhorando o tipo de impressão já em uso na Europa.
Aperfeiçoando tintas à base de óleo para melhor usá-los, aperfeiçoou ainda uma prensa gráfica, inspirada nas prensas utilizadas para espremer as uvas.
A partir de então, de forma paulatina, o livro foi se tornando popular.
Conhecer a verdade. Ler, instruir-se, informar-se, ilustrar a mente.
Como se faz importante a leitura, o estudo.
Pensemos nisso e aproveitemos a oportunidade de saber, para construir mais rapidamente a nossa própria felicidade.
Redação do Momento Espírita com base em fato colhido no texto 20 de fevereiro de 2004do livro O que os chineses não comem, de Xinran, ed. Companhia das letras.

Em 12.03.2009.

segunda-feira, março 09, 2009

Melhor pouco que muito que acaba vazio.

Ouvi esta música recentemente e ela retrata muito o que sempre pensei sobre alguns homens e mulheres. Eles iniciam suas relações amando exageradamente tudo no outro, fazendo concessões para tudo e quando conquistam, mudam radicalmente e fazem o outro sofrer pois se vê obrigado a mudar e se não quiser ou puder, sofre e faz sofrer. Algumas pessoas precisam aprender a amar.

A História de Lily Braun (Chico e Edu Lobo)

Como num romance
O homem de meus sonhos
Me apareceu no dancing
Era mais um
Só que num relance
Os seus olhos me chuparam
Feito um zoom

Ele me comia
Com aqueles olhos
De comer fotografia
Eu disse cheese
E de close em close
Fui perdendo a pose
E até sorri, feliz

E voltou
Me ofereceu um drinque
Me chamou de anjo azul
Minha visão foi desde então
Ficando flou

Como no cinema
Me mandava às vezes
Uma rosa e um poema
Foco de luz
Eu, feito uma gema
Me desmilinguindo toda
Ao som do blues

Abusou do scotch
Disse que meu corpo
Era só dele aquela noite
Eu disse please
Xale no decote
Disparei com as faces
Rubras e febris

E voltou
No derradeiro show
Com dez poemas e um buquê
Eu disse adeus
Já vou com os meus
Numa turnê

Como amar esposa
Disse ele que agora
Só me amava como esposa
Não como star
Me amassou as rosas
Me queimou as fotos
Me beijou no altar

Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz

Grande beijo e que seja de amor sereno nossa semana.

domingo, março 01, 2009

A vida segue, o show não pode parar.

Queridos amigos, mesmo não tendo ido visitá-los saibam que me mantive ligada a vocês.

Hoje é dia do Rio, dia do Botafogo e dia de começar um novo mês e com ele vem a comemoração do dia Internacional da Mulher e nós merecemos isso mesmo quando nos esquecemos que somos muito porque somos sobreviventes e devíamos nunca nos permitir cair, menos ainda não levantar.

Recebi este texto e os ofereços a todas as mulheres.

EU CANTO
==/==/==
Sim...
Eu canto, um canto anestesia...
Do nascer ao morrer do dia.
Se canto espanto o assombro...
Senão, sem canto é pranto.
De tanto cantar meu canto,
acostumei a ouvir meu som...
Cada pedaço da hora
Jogo a dor pra fora...
limpo minhas entranhas.
Eu conto com o canto que canto
pra remover os lamentos
dos dias que se esfarelam e somem.
Não espante com meu estribilho...
faz parte do meu cantarolar sem rumo!
É o jeito que arrumo
pra enfrentar os males...
aqueles que assolam meu caminhar.
Desgastar-me com medos
não vou deixar...
Por isso, cantar eu canto...
vendo o raiar solar,
passando pelas frestas da mente cansada
da insônia noturna que faz meus olhos vermelhos...
Cumpro a jornada do tempo
mesmo sem tempo
e, caio na noite em canto...
encantada pelo brilho do que há de vir,
do que talvez virá,
do que pode ser,
do que será.
==/==
JULENI ANDRADE

Obrigada amigos pela solidariedade e pelo carinho. Que seja de paz e diversão nossa nova semana.