quinta-feira, janeiro 31, 2008

Carnaval sem samba.

Bom dia queridos amigos.

Queria ser a passista que trabalhou o ano inteiro para viver seu momento de glória.
Queria ser o folião que se abandona e vive quatro, cinco dias fora de si.
Queria ser aquele que se entrega à festa e não pensa no que não é, no que não pode ser.

Mas não sei me esconder, não sei me enganar.
Não sei me entregar a festa porque sempre me falta cadência.


Queria o sabor de antigos carnavais,
aliás, queria o sabor antigo da vida.
Queria ainda o sonho, aliás, um sonho bastava.
Sonho que se deseja é como sonho de sono?

Não, a festa há muito já não alegra,
há muito já é só ver e saber de longe
as alegrias, as mentiras de cada um
que não consigo contar para mim.


Amigos, estou suspensa. Isso significa não estar nas nuvens mas também não estar com os pés no chão.
Grande beijo, bom carnaval ou apenas bons dias de descanso. Divirtam-se.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

O inferno nem sempre são os outros.

Bom dia queridos amigos.

Nova semana, o sol está descansando mas a chuva não tem trabalhado muito e isso é bom porque estamos aliviados do calor intenso mas não sofremos os transtornos de uma chuva constante. Mas é verão e eu sinto falta da luz e do calor que dão energia diferente aos que andam vagando perdidos em sentimentos, pensamentos, sonhos e vontades.

O texto abaixo alguns já receberam por e-mail, mas como eu o reli recentemente, resolvi postá-lo.
Grande beijo para todos que estes dias pré-carnavelescos sejam produtivos, divertidos e abençoados.


Melindre ou Agressividade?

Melindre tem várias definições. Pode ser definido como amabilidade, delicadeza no trato, recato, pudor.

No entanto, é quase certo que ao ser utilizado pelas pessoas, o conceito que expressa é de facilidade de se magoar, de se ofender, suscetibilidade.

Nesse sentido, tem sido comum a sua invocação, nas relações humanas. As menores atitudes de um funcionário, de um amigo recebem a adjetivação imediata.

Por isso, amizades se diluem, desentendimentos acontecem, duplicando mágoas de um e de outro lado.

Nas várias facetas do trabalho voluntário, melindre tem sido utilizado para justificar defecções, traições, desajustes e quebra moral de contratos de voluntariado.

Que ele existe, é verdade. Mas que as pessoas se dão, por vezes, um valor maior do que verdadeiramente possuem e aguardam tratamento especial, também é verdade.

No entanto, um outro lado da questão se apresenta e tem sido esquecido, quase sempre.

Se melindre é a manifestação do orgulho ferido, não menos verdade que medra, entre as criaturas, muita falta de tato, delicadeza e gentileza.

Em nome de uma falsa caridade, de expressar a verdade, amigos e companheiros de trabalho se permitem lançar ao rosto do outro tudo que pensam.

E não medem palavras nas suas expressões. É como se tomassem de pedras e as jogassem, sem piedade.

E o que esperam é que o outro aceite tudo. Quando o agredido se insurge, quando toma uma atitude, quando fala de respeito, é tomado como aquele que se melindra.

Contudo, em nenhum momento o agressor, aquele que foi indelicado e feroz, se desculpa. Não, ele está certo. O outro é que é portador de muito orgulho.

Nesse diapasão, vidas honradas de trabalho têm sido literalmente jogadas no lixo. Servidores de anos têm tido seus esforços depreciados, como se fossem coisa alguma.

E o que critica maldosamente, o que aponta os erros mínimos é o herói, a pessoa correta.

Refaçamos os passos enquanto é tempo. Antes de destruirmos valores afetivos preciosos. Antes de atacarmos instituições centenárias com folha irrepreensível de dedicação e serviço à comunidade.

Examinemos quantas vezes a culpa nos compete. Quantas vezes teremos sido nós os provocadores do afastamento de pessoas de nosso convívio.

Ou da instituição a que prestamos serviço. Da nossa família, da nossa esfera de amizades.

Recordamos que, certa vez, em reunião de trabalho, um voluntário interrompeu de forma agressiva a fala do coordenador.

Reclamou e reclamou, ferindo e humilhando-o frente aos demais.

O ferido se calou, dolorido. Depois de alguns dias, procurou o agressor em particular. A sós com ele, expressou a sua mágoa, com o sincero objetivo de modificar a emoção ferida e apaziguar seu mundo íntimo.

O interlocutor, em vez de reconhecer a indelicadeza, reverteu a situação e deu o diagnóstico impiedoso: não houvera agressão de sua parte. O outro é que se melindrara.

Pensemos nisso. Será que a constatação quase diária de melindre nos outros não se tornou uma válvula de escape para nós?

Uma desculpa para a nossa rispidez cotidiana, o nosso relaxamento no trato com o semelhante

Quem se melindra, deve trabalhar para se tornar menos suscetível.Mas quem provoca o melindre não pode se esquecer da lei de caridade, da afabilidade e da doçura preconizados por Jesus: Bem-aventurados os mansos e pacíficos.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Pode-se usar o mal para o bem.

Bom dia queridos amigos.

Todos sabemos que carregamos em nós todos os sete pecados. O que poucos sabem é que para se viver em grupo de maneira equilibrada devemos controlá-los.
Posso sentir inveja, mas isso tem que me impulsionar a querer o melhor para mim e não que meu irmão perca o que conquistou.
Posso ter orgulho desde que dos meus feitos, de quem sou, do que tenho e do que faço e não de me colocar como superior aos outros.
Até mesmo o egoísmo é saudável quando pensar em si te faz mostrar ao outro que o mundo não gira somente em torno de si e que Deus não fará somente suas vontades porque tem a outros para atender.
O que leva muitos ao desequilíbrio é não conseguir aceitar que não serão o centro das atenções, que viver em sociedade requer aprender a compartilhar, dividir, ceder, esperar, pedir, dar, ouvir, colaborar. Não entender isso é padecer de descontrole emocional, agressividade, rebeldia, intolerância e viver sempre achando que o mundo e as pessoas são uma droga.
Este taltez seja o maior mal da humanidade: O EGOÍSMO.

Grande beijo para todos e que tenhamos um ótimo fim de semana.

terça-feira, janeiro 22, 2008

Estou do avesso mas não queres saber quem sou.

Bom dia queridos amigos.

Disse algum dia que somos sempre contradição.
Se amo não sei amar, se não amo, apenas gostar não satisfaz.
Se quero o que não tenho, ter o que me dão nem sempre prazer me traz.
Se é bom a calmaria, faz falta a tempestade.
Se se tem o que se acredita querer por que ainda insiste a saudade?

Grande beijo para todos, que seja ótima nossa quarta-feira e que o sol volte a brilhar, afinal é verão.

Digitei um trecho no vagalume e veio essa música, nunca ouvi e nem conheço o cantor mas achei que tem a ver e quis publicar.

Cris Braun - Contradição
Marcos Cunha, Cris Braun E William MagalhÃes
E se eu fizesse coisas que não disse
E se dissesse frases que não penso
E se quisesse o que não faço
Sem cair em contradição

Ficasse em pé ao invés de cair no chão
Quando por um querer qualquer
Me comprometesse
A cruzar a rua na contramão

Ah! Eu não vou dizer que sim
Nem vou fingir que não

Se lamentasse perdas que não tive
E se inventasse fatos que não vi
E se negasse o que existe
Sem cair em contradição

Ainda assim eu não teria um minuto de silêncio
Ah! Eu não vou dizer que sim
Nem vou fingir que não

Não, eu não vou me torturar
Mantendo culpas
Os medos vão passar
Vão confirmar a mentira que contei
Pra mim

domingo, janeiro 20, 2008

Acendam a luz no fim do túnel

Bom dia queridos amigos.

Nossa, estou assim tão sem saber não o que fazer mas como fazer. Na verdade estou mesmo é sem ter o que fazer porque o rolo em que me meti só me deixa a alternativa de sentar e esperar. Esperar o quê nem sei, só sei que estou como dizem, num beco sem saída, numa sinuca de bico ou qualquer outra frase que exprima uma situação difícil de resolver. Ainda bem que nada é definitivo, vai chegar uma hora que acontecerá algo que ajudará a resolver a tão difícil situação. Só tenho que tentar ter a calma e a serenidade necessária para deixar que tudo ao seu tempo se resolva. Que Deus me ajude. Preciso acreditar que sou maior que meus problemas.

Grande beijo para todos e uma semana maravilhosa cheia de grandes surpresas.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Eu perdi a mim.

Bom dia queridos amigos.

Já falei aqui que gosto de carnaval e que sinto saudades de quando eu brincava. Nunca fui de assistir os desfiles das escolas e nem de ir aos ensaios portanto só conhecia os sambas do ano anterior.
Meus melhores carnavais foram passados em Arraial do Cabo e os sambas que mais marcaram foram "Hoje eu vou tomar um porre não me socorre eu tô feliz" "É hoje o dia da alegria e a tristeza nem pode pensar em chegar" aliás, este trecho sempre uso p/ dar os parabéns aos aniversariantes.
Descobri que o que mais sinto saudade dessa época é de mim. Parodiando Joana (vcs conhecem?) "Aonde foi que eu perdi o meu sorriso?"
Amigos, pode parecer que não estou bem, mas não é isso. Só estou sem sonhos e viver de realidade é tão sem sal e sem açúcar, não é ruim mas bom também não é. Acho que resumindo seria sem emoção, sem queimas de fogos de artifícios.
Bom, mas disso ninguém morre.

Grande beijo para todos, que tenhamos um maravilhoso fim de semana.

Uma música

Ira! - Dias de Luta
Só depois de muito tempo fui entender aquele homem

Eu queria ouvir muito mas ele me disse pouco
Quando se sabe ouvir, não precisam muitas palavras

Muito tempo eu levei pra entender que nada sei... que
nada sei

Só depois de muito tempo comecei a entender
Como será meu futuro, como será o seu?
Se meu filho nem nasceu, eu ainda sou o filho

Se hoje eu canto essa canção, o que cantarei depois
Cantar depois... o quê?!!

Se sou eu ainda jovem passando por cima de tudo
Se hoje canto essa canção o que cantarei depois

Só depois de muito tempo comecei a refletir
Nos meus dias de paz
Nos meus dias de luta

Se sou eu ainda jovem passando por cima de tudo
Se hoje canto essa canção, o que cantarei depois
Se sou eu ainda jovem passando por cima de tudo

Se hoje canto essa canção, o que cantarei depois

domingo, janeiro 13, 2008

Indo aonde?

Bom dia queridos amigos.

Tudo segue indo.
Não paro nem avanço.
Não fico nem sigo.
Mas sei que chegarei
ainda não sei onde.
Acho que perdi a bússola.

Não, não estou perdida.
Apenas não me encontro
onde me deixei quando estava à sua espera.

Você não quis vir
Ele não podia ficar
Este é o que não me deixa.

Grande beijo para todos e uma semana maravilhosa para todos nós.

terça-feira, janeiro 08, 2008

Eu era mais eu

Bom dia queridos amigos.
Lá se foi a primeira semana do ano e já estamos no meio da segunda e como estou de férias, sinto o tempo passando devagar. Mas já foi dito que até o carnaval tudo vai devagar, bom, pelo menos para os que não estão envolvidos com o evento.
Gostava quando eu brincava o carnaval. Sempre gostei do carnaval de rua, mas os melhores carnavais foram os que passei em Arraial do Cabo. O grupo era animado e a praia uma delícia. Bom, o tempo passou, vieram os filhos, marido que já havia brincado muito e achou que tem idade para ser alegre e aí os carnavais passaram a ser solitários na multidão e o corpo que requebrava sozinho perdeu o gingado. Aliás, às vezes me vejo perdendo mesmo o gosto das coisas, é estranho mas a vida perdeu mesmo o sabor, a cor. Como diz Renato Russo numa canção "... os dias são iguais ..." Quero a alegria perdida, a vontade esquecida, o sonho, a esperança, ah! não sei se perdi ou se nunca tive ou apenas deixei de lado pois sempre batia na parede por nunca acertar a porta.

Amigos, não estou deprimida ou triste, apenas constatei que hoje apenas deixo a vida me levar e não é tão positivo como queria dizer o Zeca.
Grande beijo para todos, que vocês tenham ainda as vontades de tempos atrás.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Educação é sempre a solução

Bom dia queridos amigos. Estamos nós aí em mais um ano e agora, que venha o carnaval. Enquanto isso vamos caminhando devagar como sempre nos parece o início do ano. Aproveitemos para pensar sobre o que diz este texto.
Grande beijo para todos e um ótimo primeiro fim de semana do ano.


Solução única


Conta-se que o legislador Licurgo foi convidado a proferir uma palestra a respeito de educação. Aceitou o convite mas pediu, no entanto, o prazo de seis meses para se preparar.

O fato causou estranheza, pois todos sabiam que ele tinha capacidade e condições de falar a qualquer momento sobre o tema e, por isso mesmo, o haviam convidado.

Transcorridos os seis meses, compareceu ele perante a assembléia em expectativa.

Postou-se à tribuna e logo em seguida, entraram dois criados, cada qual portando duas gaiolas. Em cada uma havia um animal, sendo duas lebres e dois cães.

A um sinal previamente estabelecido, um dos criados abriu a porta de uma das gaiolas e a pequena lebre, branca, saiu a correr, espantada.

Logo em seguida, o outro criado abriu a gaiola em que estava o cão e este saiu em desabalada carreira ao encalço da lebre. Alcançou-a com destreza, trucidando-a rapidamente.

A cena foi dantesca e chocou a todos. Uma grande admiração tomou conta da assembléia e os corações pareciam saltar do peito.

Ninguém conseguia entender o que Licurgo desejava com tal agressão.

Mesmo assim, ele nada falou. Tornou a repetir o sinal convencionado e a outra lebre foi libertada. A seguir, o outro cão.

O povo mal continha a respiração. Alguns mais sensíveis, levaram as mãos aos olhos para não ver a reprise da morte bárbara do indefeso animalzinho que corria e saltava pelo palco.

No primeiro instante, o cão investiu contra a lebre. Contudo, em vez de abocanhá-la, deu-lhe com a pata e ela caiu.

Logo ergueu-se e se pôs a brincar.

Para surpresa de todos, os dois ficaram a demonstrar tranqüila convivência, saltitando de um lado a outro do palco.

Então, e somente então, Licurgo falou: "Senhores, acabais de assistir a uma demonstração do que pode a educação. Ambas as lebres são filhas da mesma matriz, foram alimentadas igualmente e receberam os mesmos cuidados. Assim igualmente os cães.

A diferença entre os primeiros e os segundos é, simplesmente, a educação."

E prosseguiu vivamente o seu discurso dizendo das excelências do processo educativo.

"A educação, baseada numa concepção exata da vida, transformaria a face do Mundo."

Eduquemos nosso filho, "esclareçamos sua inteligência, mas, antes de tudo, falemos ao seu coração, ensinemos a ele a despojar-se das suas imperfeições. Lembremo-nos de que a sabedoria por excelência consiste em nos tornarmos melhores."

* * *

Você sabia...

...que Licurgo foi um legislador grego que se calcula deva ter vivido no século quarto antes de Cristo?

E que o verbo educar é originário do latim educare ou educcere e quer dizer extrair de dentro?

Percebe-se portanto, que a educação não se constitui em mero estabelecimento de informações, mas sim em se trabalhar as potencialidades interiores do ser, a fim de que floresçam, à semelhança de bela e perfumada flor.