São várias as razões que estão levando a nós profissionais da área de educação a ficar sem saber o que fazer com alunos sem perspectiva, sem objetivo, sem interesse pelo saber.
Nem tudo o que é dito pelos especialistas faz sentido quando se lida com a realidade, pois eles trabalham com conceitos e teorias. Até se sabe que devemos adaptar a teoria à pratica, mas o resultado real não é o que eles colocam como possível.
Não acho que com ser humano devemos pensar em se salvar só alguns e dar-nos por satisfeitos.
Já se pensou que o problema fosse a fome, passou-se a dar merenda, já se pensou que o problema tinha relação com falta de material, hoje eles ganham livros, os quais muitos não levam para escola alegando que são muito pesados.
A falta de condições de chegar ao colégio também já foi apontado como um problema para a frequência, então, criou-se o riocard e muitos o usam para outras atividades e continuam faltando. Os atrasos vêm com a desculpa de que os ônibus não param, mas acordar mais cedo nem pensar. Mas o que ninguém fala é que eles não deixam de ir aos shows de axé, de pagode, de hip hop e de outros gêneros que um ou outro fogem ao círculo da cultura de massa.
Atribuo tudo a falta de uma família que ao longo do desenvolvimento de seus filhos fosse mostrando o valor do conhecimento, da educação, tanto para a vida pessoal quanto da profissional.
Reproduzirei o texto de uma aluna em que foi pedido que ela após ler dois textos, construísse um em forma de dissertação.
Textos dissertativos são aqueles em que se usa argumentos que sirvam de base para suas opinões, classificam-se em argumentativos e opinitivos.
O que foi sugerido era que os alunos lessem sobre o assunto para terem conhecimento sobre o mesmo para assim poderem formar uma opinião coerente.
Vejam o texto.
"Entrevistamos um aluno em uma das escolas do Rios de janeiro, e vimos que a opiniao dele foi a seguinte.
Ele disse que não aceitava a liberação da droga no país, pelo fato da destruição das famílias, e que ele não acha certo andar pela rua, tendo que ver pessoas drogadas andando no mesmo ambiente que ele.
Com base na entrevista, vimos que ele era um garoto com pensamentos no futuro, e que iria para frente com esses pensamentos positivos". (o texto foi transcrito como foi escrito)
Uma boa notícia: estou trabalhando com uma turma de supletivo do nono ano e posso dizer que mesmo com suas limitações é uma turma com muita vontade de aprender e isso é que nos motiva a trabalhar.
Uma notícia ruim: Trabalhei o mês de setembro no regime de GLP (hora extra) e fiquei sabendo hoje que não receberei. Até que a situação se regularize, ficarei sem ir à escola, e quem está preocupado com esses alunos interessados ou não?
Grande abraço e um final de semana maravilhoso.
Em função do post, recebi o convite e aceitei participar da blogagem coletiva em crítica, homenagem ou pedido de socorro ao professores.
Abençoada semana para todos nós.
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