quinta-feira, outubro 29, 2009

Muitos assuntos.

Gosto muito de ler crônicas, é minha leitura predileta. E como vivo muito sozinha, eu as escrevo mentalmente o tempo todo, pena que ao tentar reproduzi-las quando estou em condições de escrever nem sempre sai como a que foi feita em pensamento. E isso acontece também com poemas. Sem modéstia, escrevo coisas maravilhosas com a mente.
Todos sabemos que tudo pode virar uma crônica, até falta de assunto já virou.
Como ainda não findou o mês de outubro permito-me ainda falar de professores, mesmo que o assunto ideal para o momento seria o dia das bruxas mas isso causa discussão pois os defensores de nosso folclore acha um absurdo comemorarmos ou difundirmos coisas da cultura alheira. Mas não somos nós o país da diversidade cultural? Então, por que a crise?
Bom, mas por que falei dos professores? É que temos alguns representantes da classe que parece aluno. Por que digo isso? Porque reproduzem o que leram sem visão crítica, como verdade absoluta e o que é pior na maioria das vezes tomam a fala como se fosse deles.
O que fazem como os alunos da rede pública em sua grande maioria empurrando-lhes projetos que apenas privilegia os que não querem estudar. Estudar no sentido de acumular conhecimento que possibilite a aprovação num concurso público, uma boa pontuação no ENEM. Todos sabemos que com modificações mas é sempre cobrado conteúdo, então, porque permitir que o aluno não entenda que só os mais preparados tem chance de mudar seu destino?
Histórias de sucesso sem estudos não podem ser lidas como possíveis para todos, isso de querer fazer crer que basta querer, basta não desitir que tudo se realizarar é muito pois sabemos que é um conjunto de situações e pessoas que possibilitam o sucesso ou o fracasso. O que todos precisamos é estar prontos para as oportunidades.

Grande abraço e um maravilhoso fim de semana prolongado. Mais um. rs

quinta-feira, outubro 22, 2009

Contradições e certezas?

Não quero a vida
mas não paquero a morte.
Não quero mais o sonho
mas não vivo a realidade.
Da realidade não fujo
mas sonhos também não crio.
Me esqueci de amar
mas não renego afeto.
Onde estou?
Onde fui parar?
Quem meu grito pode ouvir
se já não sei nem mais falar.
Estou perdida em mim.
Estou presa em quem fui
pois ainda me ouço implorando por mim.
Mas não sei se me quero assim,
não sei se gosto de quem sou,
se gosto do que me tornei.
Estou gritando calada porque
não quero que ouçam que perdi.
Não quero que saibam que
em meu peito um coração calou, cansou.
Seu tum-tum é somente um susurro calmo
de quem vai indo pois parar não pode
mas caminhar não quer.
Fica, fica, fica, fica, fica.

Ela sempre quis ser amada
Ela nunca foi amada
Ela nunca soube amar
Ela nunca percebeu o amor.

De quem ela esperou o amor?
Dequem ela desdenhou o amor?
De quem ela precisou do amor?

Amar e não amar ela escolheu
Amar e não ser amada deram a ela
Em ambas situações a ela só o sofrer restou
Em uma, mais solidão que tudo.
Querer
Saber
Ser
Perceber
São todas ações que
só mesmo o vazio preenchido
por lembranças ficou.

Socorro
Na voz de Gal Costa

Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir
Socorro, alguma alma, mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate, nem apanha
Por favor, uma emoção pequena
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Em tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Socorro, alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento, acostamento, encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada, nada

Um grande abraço, ótimo fim de semana para todos nós.

quarta-feira, outubro 14, 2009

Blogagem coletiva.

Como nosso feriado passou para sexta-feira e amanhã tenho que trabalhar, estou antecipando o post que faz parte de uma blogagem coletiva para o dia dos professores. Hoje minha realidade é o convívio com alunos do curso de formação de professores que ainda não entenderam qual a "missão" dos que contra tudo e contra todos ainda acreditam que através da educação pode se mudar o mundo pois ela muda as pessoas.

Por favor salvem a professorinha.

Salvar a professorinha seria no caso de alguns cursos de formação de professores mais empenho na efetiva formação das mesmas. Como aceitar que uma futura profissional da educação, formadora de opinião possa chegar ao final do curso sem o domínio da língua formal culta ou o domínio das quatro operações matemáticas?
Ao citar a língua culta formal não quero com isso dizer que é ela quem deve predominar, mas acredito que o aluno eve saber que sua professora é "diferente" dos outros falantes pois é no ensino fundamental primeiro ciclo que a criança reverencia o saber do professor e esse deve ter desenvoltura ao colocar-se em questões que vão além dos conteúdos e como isso pode acontecer se estão sendo formados profissionais com habilidades para recreação.
Talvez elas não consigam exercer a profissão e busquem outras alternativas, mas fica sempre a interrogação: Como ficarão as próximas gerações de alunos? Não terão o privilégio de terem a figura da "tia" orientadora, da tia auxiliadora do saber? E nós que os vemos mais tarde, não teremos mais a figura do aluno curioso cheio de lacunas a serem preenchidas por nós já que o mundo novo não dá conta de tudo, Como ficaremo?
O que nos resta fazer?
O que podemos fazer?

Uma música para ilustrar.

Bebida é agua
Comida é pasto
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?
A gente não quer só comida,
A gente quer comida, diversão e arte
A gente não quer só comida,
A gente quer saída para qualquer parte, hum
A gente não quer só comida,
A gente quer bebida, diversão, balé
A gente não quer só comida,
A gente quer a vida como a vida quer
Bebida é agua
Comida é pasto
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?
A gente não quer só comer,
A gente quer comer e quer fazer amor
A gente não quer só comer,
A gente quer prazer pra aliviar a dor
A gente não quer só dinheiro,
A gente quer dinheiro e felicidade
A gente não quer só dinheiro,
A gente quer inteiro e não pela metade
Bebida é agua
Comida é pasto
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?
A gente não quer só comida,
A gente quer comida, diversão e arte
A gente não quer só comida,
A gente quer saída para qualquer parte, hum
A gente não quer só comida,
A gente quer bebida, diversão, balé
A gente não quer só comida,
A gente quer a vida como a vida quer
Bebida é agua
Comida é pasto
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?
A gente não quer só comer,
A gente quer comer e quer fazer amor
A gente não quer só comer,
A gente quer prazer pra aliviar a dor
A gente não quer só dinheiro,
A gente quer dinheiro e felicidade
A gente não quer só dinheiro,
A gente quer inteiro e não pela metade
Desejo,
Necessidade e vontade
Necessidade e desejo
Necessidade e vontade
Necessidade e desejo
Necessidade e vontade, au
Grande abraço, um fim de semana de diversão, amor e sorte.

quinta-feira, outubro 08, 2009

Crescer é difícil.

Sentir-se grande não é nada fácil, fica sempre a sensação de desproteção, de necessidade de colo, de acalanto.
Como ser adulto? Se ainda precisamos de orientação e de porto.
Como ser adulto? Se ainda queremos correr e nos esconder dos perigos.
Como ser adulto? Se ainda temos medo de errar, de não agradar, de não ser feliz quando crescer.
Como ser adulto num mundo em que crianças não querem ser crianças ou não podem ser crianças? Porque tudo e todos as levam a serem pequenos adultos mal construídos.
Vou ficar aqui quietinha esperando que o tempo me pegue, me leve, me faça ser quem fui ou quem deveia ter sido ou quem ainda posso ser.

Grande abraço e que as crianças de suas vidas sejam símbolos de paz, alegria e amor e se alguma ainda habita seus interiores, que possam enfeitar o mundo com brincadeiras.

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS.