terça-feira, fevereiro 02, 2010

Antes, durante e depois

Queridos amigos, como ainda estou me reestrurando, publicarei o que escrevi antes e depois do início do ano. Já estou com o pc pronto para uma nova jornada e mesmo já tendo voltado ao trabalho visitarei a todos aos poucos.

Era festa, todos em festa. Sim pois numa festa há os que não deixam a festa estar em seus corações. Uns já estavam outros chegaram e depois de mim vieram mais outros e juntos a estes outros estava um olhar que mesmo desviado provoca sensações proibidas mas não impedidas. Uma espera para um toque, uma aproximação de rostos, toque suave de lábios na face e tudo mais é imaginação e palpitação quando sem querer ou por querer, vai saber, pés são tocados. Ouve-se palavras vindas de trás e mesmo não se sabendo o que foi dito sente que eram de desejo perverso. Na festa, a festa maior era em sua mente que se voltava sempre para o perto que é longe, para o dizer que nem sabia ou nem se importava com o que era dito. O sentimento de ter perto uma voz susurrada, quase podendo sentir o calor da pele, o hálito das palavras que poderiam vir em forma de beijo. De volta a realidade foi indo com os fortes pingos de uma chuva que era intensa mas não constante. A fantasia assim com corpo e mente sossegaram e esperam uma outra festa, uma outra explosão de sensação de sonho e prazer que nunca se saberá se sobreviveria na turbulenta vida real.

Bjs, feliz 2010.

Solidão e inspiração.

O encontro foi num bar aconchegante que lembra um cenário de filme romântico. Isso a agradava muito já que sua vida foi pautada em cenas de filmes românticos. Cenas que talvez ela nunca tenha vivido, passou algum ou muito tempo a espera de viver algo assim. A cena parecia ficção mas era real.
Ele chegou, desculpou-se pelo atraso de quase uma hora e agradeceu por ela não ter desistido mesmo sem que ele ligasse para avisar do congestionamento que o faria atrasar-se. Aliás, essa falta de aviso foi sempre motivo de sofrimento por considerar falta de consideração. Mas agora não era o momento de pensar nisso pois criara um clima de sonho para o momento que não poderia deixar que dores reais participacem.
Ele sentou-se após beijar-lhe a face, chamou o garçom e perguntou-lhe o que era sugerido para beber já que ambos não eram bons apreciadores de bebidas sofisticadas e para o momento era o que precisavam, não queriam o comum choop que combina mais com amigos e festas ruidosas e eles apenas queriam olho no olho, mãos se tocando, olhares invadindo o corpo através das roupos como se uma nudez imaginária despertasse desejo e um calafrio lhes percorria as costas, era visível o calor de suas faces e sua dificuldade em disfarçar a quase falta de ar quando seus braços se tocavam e era possível sentir o calor de seu corpo.
Após beberem o que foi sugerido, o sorriso meio tímido dela transformou-se em uma gostosa gargalhada para cada gracinha que ele fazia e ele fazia com a intenção mesmo de saborear essa gargalhada e em dado momento ele a interrompeu com um doce roçar de lábios e ela paralizada esperou que a beijasse mas ele preferiu esperar para que o momento fosse somente deles e não público.
Assim, jantaram, dirigiram-se ao carro e foram em direção a serra onde haviam reservado um bangalô, lá chegando pediram mais uma bebida para que o momento ficasse livre de medos, vergonhas, lembranças e tivesse apenas tesão novo.
Ela pensou em descrever como gostaria que ele fizesse, mas não teve coragem pois sempre soube que os homens só pensam em começar e terminar, nunca em ir devagar. Bom que a bebida já a deixara um pouco excitada e provavelmente não seria difícil gostar, mas ela sozinha sonhava que ele a beijaria lentamente rosto, nuca, pescoço, seios, a deitaria e percorreria seu corpo ainda lentamente e de vez em quando susurraria gostosas sacanagens em seu ouvido e ela sentiria seu corpo implorar para que ele a penetrasse mas ele apenas continuaria nessa viagem estacionando sua língua que estaria quente em sua latejante boceta mas não se demoraria e quando ele se deixasse ficar por mais de meio minuto ela se estremesseria e gritaria e desfaleceria num gozo gostoso. Depois disso ele somente a beijaria e ficariam abraçados até dormirem.
Pela madrugada ela acorda e já descansada resolve dar a ele o prazer que recebeu e começa a beijar aquele que antes rígido não procurou morada em seu corpo e agora adormecido recebia pequenas lambidas, chupadas e aos poucos foi mostrando que havia vida e foi se erguendo e assim chupá-lo, lambê-lo, levá-lo inteiro à boca dava prazer pois sabia que seu homem estava amando o tratamento recebido. Ela lhe beijava a boca querendo que ele sentisse o gosto de seu próprio pau e quando viu que ele já poderia gozar, sentou-se sobre aquele que apontava para sua fenda e afundava num entra e sai até que ele não resistiu e a inundou com seu sêmem quente que ela fez questão de deixar escorrer ficando em pé sobre sua barriga.
Foram para o chuveiro, se lavaram e dormiram abraçados ouvindo apenas suas respirações dizendo que seus corpos cansados e saciados levariam para sempre na memória aquele momento.

Nem sol nem chuva.
Nem dor nem flor.
Nem paixão nem amor.
Nem ir nem ficar.
Nem seguir.
Estar à deriva.
Tudo não é nada.
Nada é um vazio de muita coisa que não serve para nada.
Cansaço.
Sem medo do futuro,
uma certa saudade do passado
e um sentimento tosco pelo presente.
Não ir, não ficar, não estar é uma morte viva
que somente respira.
Vanna

7 comentários:

Andre Martin disse...

Sem entrar no mérito do texto e seu contexto, gostei de duas pérolas:

"Na festa, a festa maior era em sua mente"... é uma grande verdade, sempre! Fazemos a festa imaginária ser boa ou ruim, independentemente da festa ao redor.

"essa falta de aviso foi sempre motivo de sofrimento por considerar falta de consideração"... nem precisa avisar, é sempre assim mesmo. Mas achamos isto só em relação dos outros com a gente; em geral damos um desconto em relação a natureza dos fatos para conosco.

O depois do início, foi quente, a ponto de dar calafrios, suar e calar, e apenas gozar a leitura.

Que seu início de ano seja tão bom quanto, antes, durante e depois!

Valdeir Almeida disse...

Vana,

Tudo bem?

Já voltei ao trabalho, mas à blogosfera retornarei dentro de mais alguns dias. É que tenho que colocar algumas coisas em ordem.

Beijos e até!!!

Luma Rosa disse...

Vanna! O primeiro conto foi uma preparação para, como disse o André, um outro conto bem quente!

*A imaginação ainda é o melhor afrodisíaco*

Mas a frase final me pegou!

"Não ir, não ficar, não estar é uma morte viva que somente respira"

Bom fim de semana! Beijus,

Claudio disse...

Oi minha amiga. É tão bom te ver de novo publicando.
Ainda bem que se manteve na ativa neste período afastada.
Um beijo.
Saudades.
Adoro o seu blog.
E força.

Mari disse...

Oi,linda
Estamos voltando,quase juntos,né?Eu,com minha irreverência e vc com a beleza de seu conteúdo romântico e filosófico.Gostei muito.

Grande beijo

Leila Brasil disse...

Puxa, descobri você navegando por aí. Parece que confirma a nossa sintonia. É a vis atrativa
Gostei da experiencia de ler seu texto, pois ele facil e deliciosamente me conduziu pela mão e eu tive imenso prazer de acompanha-lo até o fim.

Abraços mil
Leila Brasil

Estou num blog também, passa lá:

http://entrelinhas-e-tintas.blogspot.com/2010/02/desde-sempre.html

Paula Barros disse...

Vanna, o texto me pegou de surpresa, não lembro de ter lido algo assim em seu blog.

Escreveu tão bem que me conduziu do início ao fim, podendo imaginar a cena.

beijo