segunda-feira, agosto 27, 2007

Quantos amores é preciso para se aprender a amar?

Bom dia queridos amigos.
Minha filha mais velha veio me perguntar como era amar quando eu era jovem, se já havia amado quem não me amou, se eu achava que nunca mais iria amar e quantos homens eu já amei.
Tal como esses filmes de ficção, vi o filme de minha vida voltar rápido em imagens que me deixaram nostálgicas.
Lembrei do Guilherme, único menino que amei e que nunca me deixou ter nada dele. Nossa, dei meu melhor sorriso, dediquei-lhe meus melhores versos, fiz minhas melhores jogadas no basquete só para impressioná-lo e nada. Nada o fez gostar de mim. Foi minha primeira experiência com a dor do amor não correspondido.
Depois dele fiquei um bom tempo sem amar ninguém, ficava com alguns meninos que gostavam de mim, mas como não os amava não tolerava muita bobeira que meninos têm e que só o amor nos faz capazes de aceitar.
Já mais madura, no segundo grau me apaixonei pelo Adilson, dono de um sorriso lindo, uma cara de safado que a todas seduzia e eu fui a premiada, mas mesmo o amando não consegui ser mais uma. Terminei e me arrependi porque na época as mulheres mais velhas diziam muito uma frase que acabei incorporando: Ruim com ele, pior sem ele. Ah, que horrível, pois ele como bom safado que era "aceitou" a volta só pelo prazer de me fazer sofrer com seu desprezo. Aí foi que experimentei meu primeiro momento Alcione. Levei um bom tempo pra partir para outra o que só veio com o primeiro emprego onde conheci o Marquinhos, rapaz trabalhador, independente, guerreiro mesmo, novo, novo e já havia traçado um bom futuro, tanto que cedo se formou advogado e cedo já tinha seu próprio consultório, mas outro safado, ou seja, queria todas e resolveu casar com uma que só o explorava, mas acho que é por que no fundo ele tinha medo da minha independência, da minha inteligência e melhor ter alguém a quem manipular, alguém a quem controlar. Chegou a experimentar um par de chifres mas perdoou e continuou numa relação a qual eu não queria pra mim.
Mais um tempo sem amor e eis que me apaixono pelo Cláudio que não era safado mas que por problemas seus não quis me amar. Passou e depois de um bom tempo sem paixão, conheço o pai das minhas filhas e foi um amor mais maduro porque ele tinha calma, não tinha a pressa dos mais jovens, na época eu tinha 24 e ele 30, foi minha primeira experiência com homens mais velhos e dessa forma era tudo diferente. Foi muito bom por um tempo, mas depois foram onze anos de solidão a dois. Hoje descobrimos que a vida nos uniu para termos nossas filhas e somos apenas irmãos.
Separação, solidão, desespero, falta de esperança de que um dia iria amar de novo, não acreditava ser capaz de sentir vontade de beijar, abraçar outra pessoa.
Tudo na vida passa é só a gente querer parar de sofrer.
Dois anos depois estava amando, desejando e vivendo feliz. Claro que não foi assim todo o tempo dos quatro anos em que o amei, mas me fez mais forte, me fez amar melhor porque aprendi a saber que o outro é o outro e que amá-lo implica em aceitá-lo e ele só mudará se sentir vontade.
Chegou ao fim, mas como havia aprendido a esperar acabar o sentimento antes da relação, permaneci inteira e sabia que uma hora iria amar de novo ou não, pois isso também já não era prioridade. A prioridade era ser feliz com tudo o que tinha.
Eis que um sentimento diferente surgiu mas não pôde ser vivido, bom, vivido da forma como pensamos viver um sentimento, mas eu o vivi sim, só que em forma de sentimentos, de sonhos e foi tão bom e isso pra mim é o que importa. Estou numa fase que só o que é bom e que faz bem me interessa. Egoísmo?
Com a maturidade percebi que você pode gostar de alguém, se sentir bem com ela e viver uma relação em que só o presente interessa e é assim que vivo hoje.


Grande beijo para todos, uma linda e abençoada quarta-feira.

9 comentários:

Mari disse...

Oi,linda
Nossa..fui o "primeirão"Que luxo!
Sabe,no primeiro momento pensei que vc fosse contar num post o que a Anne conta num Blog..rssr
Mas,valeu,É bom saber um pouco mais da alma feminina!
Bjs

Anônimo disse...

Atualmente estou na fase da solidão, do desespero e de falta de esperança de que um dia vou amar de novo.
Tb não tenho vontade de beijar ou abraçar outra pessoa.
O que me segura é saber (ou acreditar) que isso um dia passa.
Bjs
Claudio

Fatima Gama disse...

Eu acho que tudo passa e o importante é o momento, não interessa o futuro, a Deus pertence, temos mais que não fazer planos porque o que é nosso tá guardado e uma hora chega. Não é preciso muitos amores, porque já amei umm monte e continuo não sabendo rsrs. Bjs

Anônimo disse...

Olá...
Tive poucos amores, mas descobri uma pessoa ESPECIAL na minha vida.
Bjs
beto.

Unknown disse...

Só para "dizer" que estive aqui...

Anônimo disse...

Vanna,

tua história (supondo ser uma dscrição da realidade) me emocionou. A saga de uma mulher em busca do Amor. As paixões. O Casamento, os filhos, a separação, etc.

Os novos amores.

Hoje eu escrevi que o homem "safado" (ou "canalha"), desde que amoroso, faz um bem terrível para as mulheres que são musas:


Nunca as transforma em esposas!



Um tema para pensar mais, e ainda escrever a respeito...


Abraços, flores, estrelas..



.

Mari disse...

Oi,querida
Ah..os amores....vêem e vão,né?Mas,ainda bem que não nos tiram a
esperança,não é?acontece com todas nós...Mas,um dia a gente acerta!
Belos dias

Anônimo disse...

Vanninha querida,
que história fantástica de vida, não desista, jamais perca a vontade de beijar, de abraçar e dizer "te amo" são motivações para a felicidade mesmo que por pouco tempo.
Adorei "te saber" assim, mulher guerreira lutando pela paz do amor.
Lindos dias,flor
beijos

Anônimo disse...

Oi, querida
eu adorei seu depoimento
sempre e bom saber um pouco mas dos
amores de antigamente
um grande BeijO