quarta-feira, outubro 29, 2008

Sobrevivendo

Queridos amigos, é muito confortante ler os seus comentários, sempre me emociono. Obrigada de coração.

Recebi esse texto, de alguém chamada Flávia, não sei se foi ela quem compôs, mas como gostei quis compartilhá-lo por parecer um retrato meu atual.
Grande beijo e um fim de semana de paz e harmonia.

O que há em minha escuridão
é um rosto, um só
O que há em meu sorriso
é uma esperança, uma só
O que há em meu futuro
é um passo, um só
O que há em meu passado
é um filho, um só
O que há em meu olhar
é uma saudade, uma só
O que há em meu pensar
é um amor, um só
O que há em minha dor
é um não, um só
O que há em meu sorriso
é um beijo, um só
O que há em minhas mãos
é um adeus, um só

O que há na lágrima
O que há na pele
O que há na alma

É um mar...
Um maremoto...
Um amar
Em movimento.
Tenso.
Eterno.
Imenso.

FLÁVIA

Ver-te inerte
Ver-te ausente
Ver-te vagando
Ver-te criança
Ver-te demente
Ver-te sonhando
Ver-te esperando
Ver-te sem te olhar
Ver-te sem te sentir
Ver-te sem te precisar
Ver-te só para te servir
Ver-te só sem saber
Ver-te sem lembrar
Ver-te sem fugir
Ver-te sem chorar
Ver-te sem esquecer e
Ver-te sem lembrar
Lembrar de sua não presença
Lembrar de sua mão não estendida
Lembrar de sua fuga e que agora
Te deixa assim. Assim, quase nada.
Vanna

Minhas lágrimas não queres.
Hoje pareces querer ir embora,
ou melhor, queres me pedir que não vá.
Hoje pareces ter medo do incômodo e
negas a mão, o beijo, o abraço.
Hoje pareces querer fugir e se
assim for
que o faça logo. Uma dor não é menor
se adiada, uma dor é sempre uma dor
e mais doída a dor quando percebe-se
a ingratidão.

Vanna

segunda-feira, outubro 27, 2008

Se quer bem feito, faça você mesmo.

Se quer bem feito, faça você mesmo. Sempre ouvi esta frase mas nunca dei muita importância, um pouco por conveniência, um pouco por comodidade. E isso foi uma das razões para ter permitido que minha vida financeira virasse um caos, mas aí já é outra história. Lembrei-me desta frase por que quando minha mãe começou a aprensentar problemas de saúde há uns anos atrás, eu ficava mandando ela se cuidar, mandando ela querer ter uma vida boa, querer paz, harmonia, e tudo que nós aprendemos que nos deixa melhor. Mas o que eu ignorei é que talvez ela quisesse que eu fizesse isso por ela, mesmo ela não tendo feito isso quando era só mãe. Acho que no fundo ela naquele momento queria ser filha, situação que ela não viveu porque em sua época de criança não teve amor, cuidados e acabou tendo que ser mãe de seus irmãos pois sua mãe paria e ia trabalhar na roça e isso também é uma longa história. Só quem tem parentes dessa época e lugar será capaz de entender o que digo.
Bom, o porquê da frase vir a minha memória agora é que estou com minha mãe desde sexta-feira, sua pressão e glicose mesmo ainda não estando em níveis normais, já estão mais estável, isso por que cumpro com minha obrigação de dar-lhe o remédio e alimentação nas horas certas, coisa que os que estavam "cuidando" dela não fazia, não por maldade, mas por preguiça, por achar que dormir até tarde é mais importante do que tentar evitar ter que sair às pressas com uma pessoa debilitada de um lugar de difícil acesso já que onde ela estava tinha que descer uma escada irregular.
Esta nova tarefa me dificulta meus afazeres, mas não os impede. Estou fisicamente esgotada, mas emocionalmente bem porque acabei "entendendo" que sou eu que tenho que fazer e farei o melhor possível.
Busco aternativas que facilitam a mim e a ela, mas tudo só é apenas menos ruim pois lidar com um adulto de mais ou menos 70kg não é fácil, mas com tudo pode ser agradecido, digo que o ela tem algo de bom, não está amargurada, não pelo menos o tempo inteiro, já que em alguns momentos percebe-se sua vergonha em estar tão dependente mas isso é compreensivo.
Bom amigos, estarei com vocês em meus momentos de descanso pois isso me conforta, me consola, já que lê-los me diverte, me informa, me leva à reflexão e disso não quero abrir mão.
Grande beijo, obrigada de coração pelas palavras e oferecimentos e que tenhamos uma semana de paz e serenidade.

sexta-feira, outubro 24, 2008

Tudo vai bem quando acaba bem.

Hoje foi o dia de levar minha mãe para a consulta com o Neurologista do Hospital dos Servidores.
Cheguei primeiro para fazer a ficha o que demorou um pouco pois as informações são tão desencontradas, mas deu certo e isso é o que importa.
Ela foi examinada, respondemos a algumas perguntas, outras foram dirigidas a ela mas ela não "quis" responder, então, o médico pediu que fosse feita uma tomografia computadorizada ao que "implorei" que ela ficasse internada para fazer pois no seu estado estava muito sacrificante física, emocional e financeiramente para nós, termos que sair com ela em outro dia. O médico, uma alma muito boa, a encaminhou para o plantão geral com a solicitação, mas a doutora de plantão, disse que não havia a mínima chance de interná-la porque não havia vaga. Ela tentou que fizessem o exame, mas eles só faziam se o paciente estivesse internado. Bom, ela me manda de volta ao neuro e pede para ele dizer o que tinha que fazer. Sendo esse Neuro mais que médico, uma alma caridosa, ligou para alguém e logo depois ele mesmo foi ao local onde estava minha mãe e fomos fazer o exame que diagnosticou que minha mãe teve um AVC há mais ou menos vinte dias e por isso esse agravamento em seu quadro. A glicose ainda não está estabilizada, mas dos males o menor. Ela está em minha casa.

Na semana que vem temos que repetir a tomografia, mas desta vez optei por pagar, é muito sacrificante, tem que deixar mesmo para os que não podem de jeito nenhum. Continuarei com o tratamento no hospital, mas exames têm que ser feito fora.

Amigos, obrigada mais uma vez pelo apoio. Sinto-me de mãos dadas com vocês e minha jornada não é tão solitária.
Grande abraço e que seja maravilhoso nosso fim de semana.

segunda-feira, outubro 20, 2008

Onde chegarei?

Amigos, não sei se vocês se lembram que falei sobre a esperança de ser convocada pela aprovação no concurso de 2004, bom, ele expira em janeiro de 2009, mas o governador abriu concurso para este ano com a prova acontecendo em novembro próximo. Não tenho como não fazer mesmo sendo para vaga de reservas, o que me deixa ainda mais intrigada, pois se estamos aguardando por que colocar mais pessoas na espera, mas isso nem Freud explica.
Em função de mais este compromisso talvez diminua ainda mais minhas visitas aos blogs que tanto gosto.

Na sexta-feira levarei minha mãe para uma consulta com um neurologista do Hospital dos Servidores porque caso se confirme o Mal de Alzhaimer, acredito que teremos um apoio nos remédios, é o que espero. Ela não tem passado bem pois não cuidou da diabetes e agora está com a taxa elevada da glicose, chegando a 403 num dia. Com isso ela se queixa de problemas na visão e fraqueza nas pernas e braços. Aí eu pergunto por que ela não quis se cuidar? Por que ela não quis ter uma velhice tranqüila? Por que ela acha que não merece paz? Será que é mais uma vez por puro egoísmo? Será que eu conseguirei ser melhor que isso? Ah, sei que faço o que tem que fazer, mas queria que fosse tudo diferente. Mas como nunca nada sai como quero, isso não seria diferente.

Grande abraço, que tenhamos uma semana cheia de bons momentos.

quinta-feira, outubro 16, 2008

Recebi, li, gostei e publiquei.

Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo.
Já confundi sentimentos.
Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.

Sei que nem tudo eu fiz, mas acredito que teria sido bom se tivesse feito. Que possamos sempre fazer coisas bobas mas que deixam nossos corações e mentes leves.
Grande beijo, e que seja ainda de criança feliz nosso fim de semana

segunda-feira, outubro 06, 2008

Dia do mestre

Descobri no domingo dia das eleições que dia cinco de outubro é o dia mundial do professor. E nesta semana comemoraremos o dia do professor, será que esse é nacional como acontece com o dia da mulher? Bom, isso é irrelevante pois a situação do profissional da educação está cada vez mais desoladora. E não falo só da questão salarial, falo do descaso da sociedade que não ensinam seus filhos o valor do saber. Claro que desde a nossa época de estudante nos ensinam algo que não nos serve na profissão escolhida, na nossa vida social e familiar, mas isso não é motivo para permitir que os filhos repitam isso sem nem ao menos pensar que aquilo pode não servir para nós, mas para alguém sim e não dá para, numa turma de quarenta alunos saber que carreira cada um vai escolher e aí pensar num currículo que atenda suas necessidades, pois não é nessa fase que ele já sabe que profissão terá e além do mais é com esses conhecimentos que adquirimos o interesse por algumas matérias que nos levam a escolha de um curso tecnico ou superior.
Não poderia ter como estudo algo que me exigisse as ciências exatas pois sempre tive mais habilidade com as humanas e é isso que deve ser levado em conta.
Temos que fazer como os pintinhos que no início da vida ciscam de tudo e só com o tempo vão selecionando o que manda para o bucho.

“O professor pensa ensinar o que sabe, o que recolheu nos livros e da vida, mas o aluno aprende do professor não necessariamente o que o outro quer ensinar, mas aquilo que quer aprender”.
Autor: (Affonso Romano de Sant anna)



Grande beijo, uma semana de grandes descobertas e aprendizados e que todos sejamos mestres orientadores dos que estão no caminho do saber

Criança, onde está tua infância?

Há muito tempo as crianças vêm perdendo a inocência, a ingenuidade, a pureza. Claro que isso não é regra geral e nem estou falando de crianças de um a quatro anos porque essas ainda são crianças mesmo, mas mesmo essas, em muitas famílias por razões mil se erotizam, se tornam carrascas dos pais que com medo de perderem seu "amor", cedem sempre.
Essa mudança, como tudo na vida tem seu lado positivo e negativo. De positivo temos crianças mais espertas, mas donas de si. O problemas acontece quando se quer que prevaleçam as vontades dos pais e não se sabe como colocá-las ou se elas são mesmos necessárias ao bom desenvolvimento das crianças ou simples egoísmos dos mesmos.
Hoje as crianças são mais críticas, são mais atentas ao que acontece ao seu redor e não se deixam enganar com faça o que eu mando e nao faça o que eu faço.
Minhas filhas hoje não são mais crianças, lembro de um episódio com as mais velha aos quatro anos. Quis fazer como aprendi, dizendo para ela não fazer algo porque o moço ia brigar com ela. Num instante a vi levantando e se dirigindo à porta, quando perguntei o que ela ia fazer ela respondeu: Vou ver o moço. (Acho que ela queria confirmar se existia o tal moço e se existia, quem era ele para brigar com ele se eu, a mãe não estava brigando.
Numa outra situação ela tinha uns seis anos e já começara a entender as propagandas e na época eu fumava. Depois de ouvir a toda hora que o cigarro fazia mal a saúde, ela me pergunta por que eu fumava e eu respondi que não tinha problema pois o mal que eu fazia era a mim mesma e ela prontamente respondeu: Não mãe, se você morrer por causa do cigarro você estará me fazendo mal porque eu vou sofrer sem você. Bom, não digo que parei de fumar por causa disso, mas evitava fumar na sua frente.
Sabe, eu era melhor com as crianças quando não era mãe, criança é melhor quando é um brinquedo, quando é alvo de cuidados e diversão, quando temos obrigação, deixa de ser divertido pois temos sempre que fazer o papel do chato e quem não o faz, não ama suficientemento seu filho.
Que todas as crianças tenham sempre ao seu redor um tio, uma tia, um vizinho, pessoas que só precisam alegrá-las, diverti-las, deixem o papel de mal para os pais e professores.
Grande beijo e um fim de semana bem criança e bem lambuzado de doces, lama e largos sorrisos.
FELIZ DIA DAS CRIANÇAS.

sábado, outubro 04, 2008

Viver pode ser simples.

Amigos, acredito nisso e esta crença é que me faz ver que ser feliz é diferente de estar feliz.
Grande beijo e uma nova semana de boas coisas simples.

A opção da simplicidade

Muitas pessoas reclamam da correria de suas vidas.
Acham que têm compromissos demais e culpam a complexidade do mundo moderno.
Entretanto, inúmeras delas multiplicam suas tarefas sem real necessidade.
Viver com simplicidade é uma opção que se faz.
Muitas das coisas consideradas imprescindíveis à vida, na realidade, são supérfluas.
A rigor, enquanto buscam coisas, as criaturas se esquecem da vida em si.
Angustiadas por múltiplos compromissos, não refletem sobre sua realidade íntima.
Olvidam do que gostam, não pensam no que lhes traz paz, enquanto sufocam em buscas vãs.
De que adianta ganhar o mundo e perder-se a si próprio?
Se a criatura não tomar cuidado, ter e parecer podem tomar o lugar do ser.
Ninguém necessita trocar de carro constantemente, ter incontáveis sapatos, sair todo final de semana.
É possível reduzir a própria agitação, conter o consumismo e redescobrir a simplicidade.
O simples é aquele que não simula ser o que não é, que não dá demasiada importância a sua imagem, ao que os outros dizem ou pensam dele.
A pessoa simples não calcula os resultados de cada gesto, não tem artimanhas e nem segundas intenções.
Ela experiencia a alegria de ser, apenas.
Não se trata de levar uma vida inconsciente, mas de reencontrar a própria infância.
Mas uma infância como virtude, não como estágio da vida.
Uma infância que não se angustia com as dúvidas de quem ainda tem tudo por fazer e conhecer.
A simplicidade não ignora, apenas aprendeu a valorizar o essencial.
Os pequenos prazeres da vida, uma conversa interessante, olhar as estrelas, andar de mãos dadas, tomar sorvete...
Tudo isso compõe a simplicidade do existir.
Não é necessário ter muito dinheiro ou ser importante para ser feliz.
Mas é difícil ter felicidade sem tempo para fazer o que se gosta.
Não há nada de errado com o dinheiro ou o sucesso.
É bom e importante trabalhar, estudar e aperfeiçoar-se.
Progredir sempre é uma necessidade humana.
Mas isso não implica viver angustiado, enquanto se tenta dar cabo de infinitas atividades.
Se o preço do sucesso for ausência de paz, talvez ele não valha a pena.
As coisas sempre ficam para trás, mais cedo ou mais tarde.
Mas há tesouros imateriais que jamais se esgotam.
As amizades genuínas, um amor cultivado, a serenidade e a paz de espírito são alguns deles.
Preste atenção em como você gasta seu tempo.
Analise as coisas que valoriza e veja se muitas delas não são apenas um peso desnecessário em sua existência.
Experimente desapegar-se dos excessos.
Ao optar pela simplicidade, talvez redescubra a alegria de viver.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 23.09.2008.